Notem que usei a expressão “lição para o jornalismo”, e não “de jornalismo”.
Embora não seja ombudsman, como disse no vídeo anterior, sou um cinéfilo e estou analisando o material divulgado hoje pelo site Metrópoles, assinado pelo jornalista Guilherme Amado.
Faço a crítica com o olhar jornalístico e de edição cinematográfica.
As observações abaixo estão fora de ordem e apenas servem como um “roteiro” do que vi , ouvi e percebi com os vídeos desta sexta (24) no Metrópoles.
Também tive ajuda de muitas pessoas que fizeram observações pertinentes que eu não havia notado.
Se assistir ao vídeo, não esqueça de deixar seu polegarzinho para cima (o popular joinha) e se inscrever no meu canal no YouTube
PRIMEIRA IMPRESSÃO
CAUSOU_ME ESPANTO O FORMATO E EDIÇÃO: UM CÍRCULO DE PESSOAS COM AMPLA LIBERDADE PARA DESTRUIR ALGUÉM COM PALAVRAS E SEM PROVAS MATERIAIS.
SÃO NARRATIVAS. DESABAFO E SENTIMENTOS DE ÓDIO POR UMA PESSOA.
MAS ATÉ AÍ, É COMPREENSÍVEL
IDÊNTICAS ACUSAÇÕES DA PIAUÍ
ESTRANHEI QUE, NO VÍDEO, O JORNALISTA NÃO FAZ UMA ÚNICA PERGUNTA A ELAS. PARECE QUE NÃO TEM NENHUMA DÚVIDA, NÃO HÁ CONFRONTO. DÚVIDAS DA PARTE DELE? ZERO.
ESTRANHEI QUE, NO VÍDEO, O JORNALISTA NÃO FAZ UMA ÚNICA PERGUNTA A ELAS. PARECE QUE NÃO TEM NENHUMA DÚVIDA, NÃO HÁ CONFRONTO. DÚVIDAS? ZERO.
PELO CONTRÁRIO. AS POUCAS INTERVENÇÕES QUE NOTO SÃO PARA O POPULAR ‘LEVANTAR A BOLA’
EM DETERMINADOS MOMENTOS PARECE UM ENCONTRO ENTRE AMIGOS.
CURIOSAMENTE (OU NÃO), ELE DEPOIS ELE VAI FAZER EXATAMENTE O OPOSTO COM MELHEM.
NENHUMA RESPOSTA DE MELHEM ESCAPA DE SUA RÉPLICA, E TODAS SÃO PELO VIÉIS QUE ELAS QUEREM. SÃO PERGUNTAS FEITAS POR QUEM NÃO ACREDITA NO QUE ESTÁ OUVINDO. INDEPENDENTEMENTE DE HAVER PROVAS MATERIAIS CORROBORANDO.
OBSERVAÇÃO
O JORNALISTA OBVIAMENTE PODE E DEVE CONFRONTAR OS ENTREVISTADOS. MAS NUM CASO RUMOROSO DESSES, VOCÊ CONFRONTAR APENAS UM LADO, É MUITO ESTRANHO.
OS VÍDEOS PARECEM UMA PLENÁRIA DE LINCHAMENTO
O QUE MAIS CHAMA A ATENÇÃO É QUE FLÁVIA LACERDA, DIRETORA DAQUELE QUE SERIA O DOCUMENTÁRIO DELAS, ESTÁ NA GRAVAÇÃO E É FLAGRADA SEM QUERER.
É A INAUGURAÇÃO DE UM NOVO ESTILO DE REPORTAGEM: COM DIREÇÃO DE CENA
.
FAZER ENTREVISTA COM UMA DIRETORA JUNTO! ELA DEVERIA ESTAR NOS CRÉDITOS.
A CERTA ALTURA, O DIRETOR MAURO FARIAS, QUE TRABALHOU COM MELHEM E É UM DOS LINCHADORES, DIZ: “UMA COISA QUE A GENTE COMBINOU DE FALAR…”
ESTRANHO. COMBINOU? VOCÊS SABIAM O QUE IRIAM RESPONDER? NÃO ERA UMA ENTREVISTA?
POR OUTRO LADO, COM MELHEM, TODAS AS RESPOSTAS TÊM RÉPLICA.
CURIOSO QUE TODAS AS RÉPLICAS DO JORNALISTA APENAS REITERAM A “NARRATIVA” DELAS.
“ACHA QUE ISSO QUE A GENTE ESTÁ FAZENDO…’, DIZ A CERTO MOMENTO A REPÓRTER AUXILIAR DE GUILHERME AMADO.
“ACHA QUE ISSO QUE A GENTE ESTÁ FAZENDO…’, A REPÓRTER AUXILIAR DE GUILHERME AMADO.
péra: COMO ASSIM, “O QUE A GENTE TÁ FAZENDO?” NÃO É UMA ENTREVISTA?
OBSERVAÇÕES FINAIS
HÁ TRÊS GRUPOS (de personalidade) DE MULHERES QUE IDENTIFIQUEI NOS MUITOS POSTS E COMENTÁRIOS DOS VÍDEOS DO METRÓPOLES.
PRIMEIRO TIPO
AS MULHERES CORAJOSAS, FEMINISTAS, ATRIZES, DIRETORAS, MULHERES COMUNS QUE, A DESPEITO DE SABEREM NA CARNE O QUE É O ASSÉDIO SEXUAL, CONSEGUEM IDENTIFICAR QUANDO UM RELATO É VERDADEIRO OU NÃO.
MULHERES QUE ACREDITAM NÃO SÓ EM DEPOIMENTOS E PALAVRAS, MAS SIM EM PROVAS. MULHERES QUE PENSAM. QUE SÃO JUSTAS. SÃO ADMIRÁVEIS
SEGUNDO TIPO
AS MULHERES QUE JÁ SOFRERAM ASSÉDIO E NEM SEQUER CONSEGUIRIAM ASSISTIR AOS MEUS VÍDEOS COM DEMONSTRAÇÃO DE PROVAS. PARA ELAS, EU SÓ POSSO ESTAR DEFENDENDO A MESMA PESSOA QUE AS AGREDIU E ASSEDIOU.
ENTENDO PERFEITAMENTE ESSAS MULHERES.
A DOR DE SOFRER ASSÉDIO NÃO CICATRIZA. IMAGINO QUE PARA MUITAS, SOMENTE O FATO DE ALGUÉM (UM JORNALISTA, POR EXEMPLO) OUVIR UM ACUSADO JÁ É INACEITÁVEL E
TERCEIRO TIPO
AS MULHERES IGUAIZINHAS ÀS ACUSADORAS. QUE DESTRUIRIAM SEUS PARCEIROS OU PARCEIRAS COM MENTIRAS E CALÚNIAS, APENAS POR VINGANÇA.
BOMBAS SOCIAIS QUE PODEM EXPLODIR QUAQUER PARCEIRO OU PARCEIRA SE E QUANDO ELES (AS) AS DECEPCIONAREM.
E CERTAMENTE DEPOIS FARIAM O MESMO QUE AS ACUSADORAS DE MELHEM; CORRERIAM PARA O GUARDA-CHUVA DAS MULHERES QUE REALMENTE FORAM ASSEDIADAS.
PARA ENCERRAR, A MANCHETE DE ONTEM À NOITE:
PERSONAGEM: GABRIELA MANSUR, A JUSTICEIRA.
EX-PROMOTORA, JAMAIS OUVIU MELHEM OU A DEFESA DE MELHEM, JAMAIS TEVE ACESSO Às PROVAS.
USOU O CASO MELHEM DESDE O INÍCIO PARA SUAS AMBIÇÕES ELEITORAIS.
POR SORTE DO PAÍS, A JUSTICEIRA NÃO FOI ELEITA.
TUDO QUE ESSE PAÍS MENOS PRECISA É MILICIANO E JUSTICEIRO.
Cenas extras desta reportagem:
Abaixo, a tese de “doutorado” de um autointitulado cinéfilo sobre o enquadramento da minha última reportagem 😂
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