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Cinema Ooops: Filme Tully é um tipo de fantasia (ou pesadelo) familiar

Em cartaz desde a última quinta-feira, “Tully” é mais um roteiro original de Diablo Cody (“Juno”) e conta com Charlize Théron em mais uma incrível atuação.

Assim como “Juno”, “Tully” também é um drama denso e um tanto pesado, e os poucos momentos de humor são o que no passado chamávamos de “humor negro”

Claro, hoje não se pode dizer isso porque “pipipopó, ain, isso é racismo etc e tal”. Mas estou certo que meus quatro ou cinco leitores  entenderam.

MARLO 

Marlo (Charlize) é uma mãe de família que abandonou o emprego e a carreira para cuidar de um casal de filhos pequenos –um deles, Jonah, com problemas de comportamento. Ah, sim: está  grávida de nove meses do terceiro.

Seu marido, Drew (Ron Livingston), é um nerd que trabalha duro, até ajuda com as crianças, mas parece ter esquecido que também tem uma mulher que precisa de atenção. À noite, na cama, ele prefere matar zumbis no videogame a conversar com a esposa.

Então Marlo dá à luz a mais uma menina.

Corta para o outro núcleo do filme, formado pela família perfeita do irmão de Marlo: Craig (Mark Duplass) é um bem-sucedido sei lá o quê, milionário, casado com uma mulher linda e com filhos perfeitinhos.

Essa família margarina do irmão torna tudo tão ou mais difícil para Marlo e seu marido.

É quando Craig decide dar um “presente” à irmã: uma babá noturna, a nova moda entre os ricos locais. Uma pessoa que passe a noite com a “bebezinha”, deixando a mãe livre para ter uma noite de sono razoável.

Após semanas e mais semanas resistindo ao presente (“Eu aceitaria dinheiro”, ela diz ao irmão), Marlo acaba capitulando e liga para a babá. É quando Tully entra na família.

TULLY

Tully é interpretada pela deslumbrante Mackenzie Davis, e Deus sabe o quanto deve ser difícil para qualquer atriz do mundo contracenar com o “monstro” Charlize Théron (sem trocadilho com o Oscar da moça, gente).

Pois a jovem atriz tem uma performance simplesmente maravilhosa, cativante e não só contracena, como se iguala a Théron em muitas cenas e momentos do filme.

Vou parar por aqui porque estamos só nos primeiros 15 ou 20 minutos de filme, e o restante cabe a vocês assistir e avaliar.

Aos poucos Tully ganha tanta confiança que se torna alguém muito importante para Marlo, seu marido e, claro, para todo o filme. Por isso ele se chama “Tully”, e não “Marlo”. Essa é a verdade.

Como disse, “Tully” não é nem comédia, nem romance. Está mais para um drama de costumes, caso existisse essa classificação. Peralá, este é meu site privado, então eu invento a classificação que eu quiser.

Acredito que jovens mães se identificarão muito mais com Marlo do que nerds como Drew.

Porque o drama materno e feminino que ela enfrenta certamente está ocorrendo agora em cada esquina do mundo.

Filme: “Tully” #Tully

Onde: Em cartaz nos cinemas

Avaliação: Muito Bom ???

Veja outras críticas de cinema no site Ooops

Assista ao trailer de “Tully”, roteiro de Diablo Cody

https://www.youtube.com/watch?v=R-84BCRcaHc