Sexo é vida, diz aquele comercial tosquinho de clínica de disfunção erétil na TV. Sim, e sexo também é entretenimento para quem gosta de bons documentários.
O site Ooops elege hoje seis filmes muito interessantes sobre o assunto no soberbo serviço de streaming Netflix.
São filmes bem dirigidos, muito bem produzidos e com conteúdo relevante. Alguns, inclusive, já merecem o título de clássicos. Obras para as próximas gerações.
Veja nossa lista:
“Pornocracy”
Conta a história da pornografia desde os anos 80. Mostra sua migração da película para o VHS, deste para os DVDs, e, por fim, a invasão digital na internet.
É um documentário investigativo que revela como o universo de sites pornôs gratuitos pode estar ligado a uma só grande mão corporativa (com sede fictícia em Luxemburgo) e também à lavagem de dinheiro. Não chega a apresentar provas, mas tem bons indícios.
Também mostra a difícil e arriscada vida de atrizes pornôs, inclusive há uma (desculpem, mas é hilária) sequência com uma jovem atriz traumatizada após contracenar com o lendário italiano Rocco Siffredi.
“Você gravou ontem com o Rocco? Bom, você pelo menos está conseguindo sentar”, brinca uma empregada do estúdio de filmagem com a pobre atriz.
Avaliação: ?????
“Rocco”
Falando no diabo, a Netflix também tem no acervo atual um documentário sobre essa lenda da pornografia.
Já aviso aos pais e aos menores que logo na primeira sequência do filme há um nu frontal do italiano Rocco, hoje com 54 anos e ainda com 24 centímetros (em estado crítico, se é que me entendem).
A lenda de Rocco tem três motivos básicos em minha modesta opinião.
Primeiro, a sua performance num tempo (1987) em que não existia Viagra e outros aditivos.
Segundo, a longevidade de sua carreira, pois seu suposto “herdeiro” só apareceu uns anos atrás na pele de um tal de Mike Adriano, 38.
Terceiro, a agressividade de Rocco com as atrizes em quase todas as suas cenas. Isso fazia dele não só um temor, mas também um fetiche.
Que o diga a jovem atriz traumatizada e citada no texto acima.
Avaliação: ????
“Hot Girls Wanted”
Documentário de 2015, mostra como a indústria pornô atrai jovens norte-americanas sem perspectivas para um trabalho efêmero e que vai estigmatizá-las para o resto de suas vidas.
Em muitos casos são garotas ingênuas e incultas, que acabaram de completar a maioridade e que decidem se lançar no mundo do sexo pago e filmado, com as mais diversas consequências e, obviamente, frustrações.
Uma das coisas interessantes e um tanto assustadoras do filme é que ele mostra também a rotina de um “caçador” de talentos nessa área. É visível sua óbvia falta de escrúpulos para convencer garotas em dúvida, mas o filme não o julga.
A maioria dessas garotas vai abandonar a profissão depois de no máximo três meses. Todas voltam para casa não só humilhadas, mas com uma mão na frente e outra atrás. Literalmente.
Avaliação: ???
“After Porn Ends 2”
É mais ou menos como se fosse o “depois” do documentário anterior, só que neste caso são entrevistados também atores –além de atrizes– que tiveram uma carreira longeva no mundo da pornografia.
Entre outras estão as lendárias estrelas (para os cinquentões, diga-se) Thabita Stevens, Ginger Lynn, Chasey Lain e Ariana Marie Além do mito dos anos 70 Georgina Spelvin.
O filme mostra o que aconteceu com essas pessoas, e como se adaptaram à vida social e profissional após décadas se expondo profissionalmente com sexo explícito.
Como vivem hoje, se são reconhecidos, suas frustrações, patrimônios e, especialmente, arrependimentos.
Ha um comovente caso de um ator que contrai HIV e descobre isso em 2004. Ele retorna para sua família e sua comunidade, que o acolhem e protegem.
Avaliação: ????
“Ashley Madison: Sexo, Mentiras e Ciberataques”
É a história não só do mais famoso e pioneiro site de adultérios do mundo, como de um dos maiores e mais humilhantes ataques de hackers se todos os tempos.
Milhões de pessoas no mundo todo, inclusive milhares de brasileiros, que usavam o site “oficial” para trair seus cônjuges, tiveram seus nomes expostos por um grupo de invasores de sistemas.
Foi notícia no mundo inteiro e por meses.
O que é curioso no filme é que ele coloca em dúvida se o ataque foi de fato espontâneo, e não algo, digamos, “armado” pelo próprio criador do “Ashley Madison”.
Depois da invasão, o número de inscritos no site –que é pago– disparou.
Afinal, o ser humano é retardado ou um gênio?
Avaliação: ????
“Voyeur”
É de longe, na opinião deste site, o melhor e mais bem feito documentário sobre sexo atualmente disponível e original da Netflix.
É sobre a sórdida história de Gerald Foos, um pervertido que montou um motel no Colorado, EUA, onde criou uma arquitetura que lhe permitiu por anos observar e “degustar” tudo que acontecia nos quartos de seu estabelecimento.
Mais que isso, o filme é estrelado por ninguém menos que Gay Talese, e mostra também o trabalho de bastidor e métodos de apuração e convencimento de um dos maiores jornalistas de todos os tempos.
É assustador, chocante e fabuloso.
Avaliação: ??????
Veja outras críticas de filmes no site Ooops
Assista ao trailer dos filmes acima citados
https://www.youtube.com/watch?v=rDCe7ti3oA8
https://www.youtube.com/watch?v=8Bn1Jw0ijkU