Em cartaz nos cinemas, o documentário “A Juíza” conta a impressionante história de Ruth Bader Ginsburg. E corra, pois é a última semana em cartaz.
Hoje com 86 anos, essa senhorinha é uma lenda do direito constitucional e provavelmente uma das pessoas que mais mudaram os Estados Unidos. Sem exagero.
Ruth transformou a vida de mulheres e homens e mexeu também com a cabeça de juízes da Suprema Corte. De certa forma redefiniu a interpretação das leis.
Ginsburg é um dos maiores nomes na defesa dos Direitos Civis de todos os tempos. Não como militante, propriamente dito, mas como advogada e juíza.
RBG ou Notorious RBG –como é chamada pelos milhões de fãs (!)– se tornou a segunda mulher a ser nomeada para a Suprema Corte dos EUA.
Isso aconteceu em 93, após ela ser indicada pelo presidente Bill Clinton, sabatinada e aprovada (com louvor).
Está lá, ativíssima, até o momento em que este texto vai ao ar no site Ooops.
Quando faço no título acima um trocadilho com o “fazer justiça” que esse documentário significa para Ginsburg, me refiro não só a sua história pessoal, mas também para o cinema.
A Juíza, o Filme
Exibido semanas atrás no Brasil –e já fora de cartaz–, o filme “Suprema” (2018) foi a versão hollywoodiana para a vida de Ginsburg.
Só que não chega aos pés de sua história real.
A obsessão dela por uma espécie de interpretação “temporal” das leis, sua paixão pelo significado das palavras, a capacidade incomparável de comunicar suas ideias… tudo está muito mais presente no documentário do que na realidade ficcional.
O filme mostra seu senso de humor quase britânico, sarcasmo, talento para rir de si mesma e, principalmente, a incrível –quase inacreditável– história de amor que teve com o marido, Martin.
Esses são como “adicionais” desse documentário dirigido por Betsy West e Julie Cohen.
Martin, que morreu de câncer aos 78 anos (2010), também foi um estudante de Direito e advogado genial.
Na área contábil, inclusive, dizem que Martin foi um dos melhores de seu tempo.
Mas, parece que teve presença de espírito de perceber que aquela mulher, que ele conheceu na faculdade, era mais importante para o mundo do que para ele ou a família.
Linda, elegante, cheia de mordacidade, ela diz num depoimento que Martin foi talvez o 20º pretendente com quem ela saiu na universidade Cornell.
E ele deu sorte: aquela mocinha de apenas 1m55 se tornaria um dos gigantes da humanidade e encheria de orgulho sua vida e a dos EUA.
Filme: “A Juíza” #AJuíza
Onde: Cinemas
Avaliação: Excepcional ?????
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Assista ao trailer de “A Juíza”