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Cinema: Por que vale assistir A Maratona de Brittany

Crítica do filme "A Maratona de Brittany", por Ricardo Feltrin, site Ooops

O filme “A Maratona de Brittany” está em cartaz nos cinemas (esteve na Mostra) e aborda dois assuntos humanos eminentemente espinhosos hoje em dia: obesidade e baixa auto-estima.

Complicado falar de obesidade porque hoje qualquer citação já corre risco de ser tachada de “gordofobia”. Como no caso tudo é baseado em uma história real, então o “policiamento” costumeiro não pode abrir muito o bico.

E baixa auto-estima também é outra coisa comum a todos, ainda que em alguns esteja disfarçada de narcisismo.

“A Maratona de Brittany” ganhou o Sundance Film Festival deste ano.

Conta a história de uma garota de 28 anos com problemas familiares, financeiros e com a própria aparência.

Aos 28 anos Brittany (Jillian Bell) está largada no mundo, quebrada e ainda tem depressão e de saúde, fora a depressão.

Está uns 50 quilos acima do peso normal e se ressente disso descontando com muito álcool, junk food e remédios para ficar doidona.

Piorando tudo ela ainda divide o apartamento com Gretchen, uma “digital influencer” oriental, linda, com namorado e além de tudo magra (Alice Lee).

Brittany, a Incel

Brittany é o oposto. Nunca teve namorado. Nunca fez sexo vaginal. No máximo é convidada a fazer sexo oral nos rapazes.

E ainda assim é como se fosse um prêmio de consolação por ser a gordinha bonita e palhaça da balada. É tudo muito triste e humilhante em sua vida.

Ela volta para casa toda noite com todos os problemas habituais sem solução, e mais uma nova tonelada de culpa.

Porém, por influência indireta de uma vizinha, Catherine (Michaela Watkins) Brittany vai tentar mudar de vida.

Primeiro saindo da cama e da ressaca matinal e diária. Depois, abrindo a porta de casa. Em seguida conseguindo correr por uma quadra. Um quilômetro. Três.

Até sonhar com a tal Maratona do título, que vem a ser a de Nova York. Ela recebe anualmente 50.000 participantes do mundo e são mais de 42 quilômetros por todos os bairros de Nova York.

Se você pensa que tudo isso vai levar a um final óbvio engana-se. E é justamente por isso que você deve assistir “A Maratona de Brittany”.

Um filme simples e belo

É um filme simples, uma história humana bem contada e conduzida pelo diretor Paul Downs Colaizzo. É a humanidade em toda sua (não) plenitude no século 21.

No fim das contas todos somos Brittany em alguma coisa.

Se não for comida vão ser drogas. Ou álcool. Sexo. Dependência emocional. Autopiedade. Autodepreciação. Autodestruição…

A lista das co-morbidades humanas é longa.

Filme: A Maratona de Brittany
Onde: Em cartaz nos cinemas
Avaliação: Ótimo ????

Veja críticas de outros filmes no site Ooops!

trailer: A Maratona de Brittany

2 respostas

  1. Senhor Feltrin : Casualmente li sua matéria sobre o nobre Ricardo Boechat.
    Eu também fui seu (dele, Boechat) ouvinte assíduo, todas as manhãs e gostava demais de seus comentários e críticas. Ele passava a imagem de um jornalista “sem rabo preso” pois atacava com veemência e neutralidade os políticos de direita e de esquerda.
    Em memória dele, peço gentilmente que não induza seus “seguidores” ao erro: JB é uma sigla emblemática que nos remete ao grandioso (e saudoso) Jornal do Brasil de quem aliás fui assinante e no qual nosso Boechat trabalhou.
    Aproveito para expressar minha admiração por seu trabalho que estou começando a conhecer agora.
    Att. Almir V. Neves

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