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Crítica de cinema: Victoria e Abdul revela segredo real do século 19

Na primeira metade do século 19, a rainha Victoria, da Inglaterra, era uma monarca entediada ciente de que tinha um cargo respeitável, mas decorativo.

Aparentemente ela se ocupava –com muita má vontade– em ser refém de todo tipo de compromisso oco e desimportante com membros (igualmente ocos) na nobreza ou da política britânica.

Durante seu jubileu de 50 como rainha, Victoria estava mais com o saco cheio do que nunca, até que um jovem indiano, que viajara até a Inglaterra apenas para homenageá-la (a Índia era então parte do reino), encantou a monarca.

Embora fofo e querido, o enviado indiano Abul Karim (personagem interpretado pelo ator Ali Fazal), grosso modo agiu como um colonizado lambe-botas:

Ele quebra o protocolo real ao fazer contato visual com a rainha, depois humilhou-se ao beijar seus pés e com isso caiu nas graças da mesma.

Judi Dench, que interpreta Victoria, carrega literalmente o filme nas costas e no enorme traseiro  do figurino de sua personagem, que a certa altura admite a Abdul ser apenas um bibelô real sem qualquer função séria no país.

“Não passo de uma obesa mórbida”, diz entre outras auto-depreciações.

O fato é que toda essa história esteve oculta do público até 2010, mais de cem anos após a morte de Abul Karim na cidade de Agra.

Foi quando encontraram um diário do ex-confidente da rainha, junto a outros pouquíssimos pertences e uma única foto em que ele estava do lado dela.

O fato é que Abul passou a ser odiado por toda a nobreza e pela politicaiada britânica justamente porque se tornou querido pela rainha. A inveja, o ódio e o ciúme venceram.

Seu nome foi apagado da história, mas o cinema o recuperou neste belo filme.

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Clique e assista ao trailer de “Victoria e Abdul”:

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