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Site Ooops elege os 10 filmes brasileiros mais bacanas de 2017

Dando sequência ao nosso “balanço” de fim de ano, o site Ooops! publica hoje uma lista com os 10 melhores filmes brasileiros exibidos nos cinemas este ano.

Como sempre repetimos, listas são feitas a partir de uma seleção subjetiva, baseada no gosto pessoal do colunista. Se você tem outras sugestões ou queixumes, deixe seu comentário ao final do texto. 

Uma outra alternativa é você montar seu próprio site e escolher seus próprios filmes preferidos no ano que vem (rá!)

Segue a NOSSA lista:

10 – Soundtrack

Alguns auto-intitulados “intelectuais” andaram descendo a lenha nesse filme de Selton Mello, seja por azedume, incompreensão ou só falta de sensibilidade. É um filme denso, sim, excessivamente claro (a história se passa numa estação científica polar), mas trata de solidão, abnegação, saudade e também esquizofrenia. Se fosse francês os “gurus” talvez tivessem dado 3.278 estrelinhas e chamado de “lacre”. Mas, como era nacional, foi subvalorizado.

09 – Joaquim

Muito interessante filme sobre Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que reescreve praticamente tudo aquilo que a maioria de nós aprendeu na escola sobre o “mártir da Inconfidência”. Perfeitamente dirigido por Marcelo Gomes, despe o manto santificado do personagem e o humaniza –embora muita gente ache que o demonize. Joaquim era, antes de um herói, um beberrão, promíscuo, safado e arrivista. Que ficou na história.

08 – Vermelho Russo

O filme , que parece misturar ficção e documentário, conta a história de duas atrizes amigas, de temperamento  completamente diferente, que vão estudar juntas na Rússia o método de interpretação de Constantin Stanislavski (1863-1938). Após a felicidade da mudança de país e o deslumbramento iniciais, o excesso de convivência, a competitividade e as paixões levarão as duas a se confrontar  entre si e com seus próprios demônios e inseguranças.

07 – Era o Hotel Cambridge

Um filme devastador e inovador que abordou o drama dos refugiados e dos sem-teto em São Paulo. O filme mistura cenas e atores fictícios com personagens verdadeiros,  o que pode deixar alguns espectadores “boiando”. E isso é ótimo, diga-se. Além da falta de perspectiva e de moradia, os viventes do Hotel Cambridge (que de fato existe em SP) ainda passam o dia inteiro preocupados com o iminente despejo e a violência das ruas.

06 – Bingo, O Rei das Manhãs

O quê? O site está colocando em 6º lugar o filme que foi indicado pelo país para tentar uma vaga no Oscar? Mas por quêêêê? Vamos por partes. “Bingo” é de fato um filme bem realizado, muitíssimo bem interpretado (por Vladimir Brichta, talvez na melhor performance masculina do ano) e tem uma história muito cinematográfica. Também fez sucesso comercial, com mais de 1 milhão de ingressos vendidos  Mas, convenhamos, não é filme para Oscar. E ponto. Na opinião da coluna, o indicado (para ser indicado) deveria ser o 3º desta lista.

05 – Divinas Divas

Em tempos intolerantes, esse documentário é ao mesmo tempo um tributo e um resgate para a cultura nacional. Surpreendente obra de estreia da diretora-atriz Leandra Leal. Sim, o mundo dos travestis e transsexuais já teve outras homenagens no cinema, como o fantástico “Madame Satã”, de Karim Aïnouz (2002). Mas, “Divinas Divas” recupera não só a história de trans (como Rogéria e Jane Di Castro), mas da própria Cinelândia e do Rio de Janeiro.

04 – Axé – Canto do Povo de um Lugar

Sem exagero e palavra de músico: um dos melhores documentários sobre MPB já feitos. Irrecusável para quem gosta de música de qualquer estilo, aliás. Uma aula de história melódica e rítmica. É também uma resposta aos desavisados que pensam que “axé” é algo descartável ou uma “modinha”. Além das estrelas atuais, como Ivete, Claudia Leitte, Mercury etc, o filme também revê e recupera a presença de músicos e artistas fabulosos como Ricardo Chaves, Saulo, Luis Caldas e Marcio Vitor. Um “documentariaço”.

03 – O Filme Da Minha Vida

Vamos repetir: este texto é pessoal. Dito isso, “O Filme da Minha Vida” teria muito mais chances de ser indicado para disputar o Oscar em 2018 do que “Bingo”. E não só na categoria Filme Estrangeiro, mas também Fotografia. Dirigida por Selton Mello, essa bela e humana história foi feita com uma qualidade e um cuidado estéticos raros não só no cinema brasileiro, mas até internacional. Não há um frame ou tomada que não sejam perfeitos. Obra-prima.

02 – Como Nossos Pais

Um filme  delicioso de assistir. Comovente, delicado, um drama (familiar) com todas as letras maiúsculas. Dirigido pela talentosa Laís Bodanzky, tem uma história linda e um elenco inspirado. Maria Ribeiro tem uma atuação quase hipnótica, sem falar em sua presença e beleza embasbacantes. Também confirma que Paulo Vilhena é um dos atores brasileiros que mais cresceu e evoluiu nos últimos anos. Por fim, uma Clarice Abujamra (mãe de Maria no filme) em uma performance de arrepiar. Até a última cena.

01 – João, O Maestro

Nas três sessões que este escritor assistiu em 2017, em todas o filme termina com parte do público chorando emocionado. João Carlos Martins tem uma das histórias mais incríveis e inimagináveis que se possa conhecer. Um dos dois maiores intérpretes de Bach de todos os tempos (e único que gravou sua obra completa para teclado), sua ascensão e calvário são compostos por quatro diferentes atores –com destaque para Alexandre Nero– que o interpretam como se estivessem lendo uma partitura sem erros. E o gran finale é o próprio maestro. O grande filme do ano. Classificação: Maravilhoso.

Veja outras críticas de cinema no site Ooops!

Veja o trailer de “João, o Maestro”

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