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Crítica de Cinema: Sem graça, Roda Gigante é o mesmo Woody Allen de sempre

Só começaram os créditos do filme “Roda Gigante”, no cinema, e ainda não apareceu uma viv´alma na tela. Mesmo assim qualquer espectador atento já sabe que é um filme de Woody Allen.

O aviso de que o elenco está em ordem alfabética, as fontes dos créditos serifadas, a trilha dos anos 50, Allen faz questão de ter essas marcas registradas em suas produções.

De forma não verbal, ele parece deixar claro desde o primeiro instante que aquela história não é baseada na vida de ninguém. Ele a inventou. A partir de agora você vai assistir a uma ficção.

Maaaaas… que poderia ter acontecido.

Vamos resumir: o filme se passa no pós 2ª Guerra.

Mickey (Justin Timberlake) é uma salva-vidas bonitão em Coney Island e seu personagem é também narrador, e isso já não é um bom sinal. Ele precisa explicar aos espectadores (olhando a câmera) sua vida, a de Coney Island, de seu trabalho tedioso etc.

Enquanto isso, Ginny, uma atriz fracassada (Kate Winslet) está em crise no casamento com Humpty (Jim Belushi), além de ser atormentada pelo filho do primeiro casamento, um fedelho desajustado e incendiário Richie (Jack Gore, um dos personagens mais engraçados).

Humpty trabalha num brinquedo de circo e é alcoólatra. Ginny também é uma manguaceira, e mantém um restaurante de ostras no calçadão próximo à praia.

Um belo dia Ginny, frustrada, vai passear sozinha na praia e é abordada e galanteada por Mickey (Timberlake).

Enquanto isso Carolina (Juno Temple), filha de Humptey, aparece com uma mão na frente e outra atrás fugindo do ex-marido, um ítalo-mafioso. Só que ela não vê o pai há 5 anos e há muito rancor.

Acho que isso já basta para dar uma ideia de que “Roda Gigante” é mais uma história trivial, sim, mas ao menos original.

Não dá para reclamar do elenco. Todos são fantásticos. Também não dá para criticar o filme enquanto produção cinematográfica. Cenários, figurino e principalmente iluminação e fotografia são assinaturas de quem sabe fazer cinema.

ILUMINAÇÃO DE PRIMEIRA

Em vários momentos, enquanto alguns personagens expõem a si mesmos, ou caem em lembranças, há uma gradual mudança na iluminação, como que para demonstrar uma lembrança sombria, ou um sensação feliz. É bonito.

Mas, a história em si e a narrativas não são cativantes. E olha que tem narrativa, hein? OS filmes de Allen são todos verborrágicos, ao ponto de, como neste, ter de recorrer a um narrador-ator para ir contextualizando o passo a passo.

Isso deixa o filme sem ritmo e lhe tira a pouca graça.

Outro ponto muito fraco é uma parte do desfecho envolvendo Mickey e Ginny. É uma solução bastante medíocre. Mas vá assistir e tire suas dúvidas.

Filme: “Roda Gigante”

Onde: Em cartaz nos cinemas

Avaliação: Razoável ?

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